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sábado, 30 de maio de 2009

Hirax

Hirax logo

Buenas!!!

Sem muito rodeios, ando meio sem tempo para escrever... hehehe...mas logo normaliza... e com novidades!!!
Hoje apresento para vocês uma banda que eu tinha apenas um som....em fita ainda... achei inclusive que tinha acabado, ledo engano... e uma baita surpresa...metal puro, como deve ser...Simplismente um clássico da década de oitenta!!!




Hirax banda

Lhes apresento a banda ***HIRAX***, formada em 1982, nos USA, e está ainda em atividade, com programação de lançamento ainda esse ano. Faz um thrash metal oitentista de ponta, extremamente competente e recomendadissimo!!! Instrumental simplismente perfeito paro estilo, muito veloz e muito bem tocado, destaque para o vocal, competentísimo... muito bom, e em algumas músicas lembra muito Accept e Judas. A banda Hirax, juntamente com Megadeth, Testament, Metallica e outros pode ser considerada uma das precursoras do thrash/Speed metal, o som lembra muito essas bandas, nos bons tempos é claro!

Deixo para vocês 2 discos da década de oitenta e a ultima demo de 2007...

Recomendadissimo... podem baixar que é diversão certa!!!

Forte abraço!!!

Myspace / Site oficial




Hate Fear & Power -1986

Hirax 86

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The New Age of Terror - 1987

Hirax 87

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Assassins Of War - 2007

hirax

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At War

at war logo

Buenas indiada...

Estava dando uma campeada nos meus tributos e coletâneas, para organizar um post, e resolvi ouvir a coletânea Speed metal hell vol 1, minha preferida, heheheh... mas para encurtar assunto, estava ouvindo a banda At War, quando resolvi dar uma procurada na net para ver se estavam na ativa ainda... e coisas do tipo... descobri que além de ativa a banda tem dois discos... mais uma vasculhada no obscuro internético, essa é forte...!!! hehehe... consegui os dois e estou compartilhando com vocês. Uma obra prima do metal mundial, podem ter certeza!!!


at war banda

Bueno... a banda ***AT WAR***, formada em 1983, nos USA, para quem não conhece ou não ouviu a Speed metal hell, faz um thrash oitentista de ponta, puro veneno.. uma patada!!! e simplesmente um clássico, uma lenda viva do metal mundial, e convém mencionar que o estilo deles continua intacto.... perfeitamente thrash!!!

Seu ultimo trabalho foi uma demo em 2002, mas no myspace deles mostra que estão na ativa e fazendo muitos shows, inclusive o próximo vai ser com nada mais nada menos que EXODUS.... esse eu queria assistir!!! hehehe

Item obrigatório para quem gosta de metal...RECOMENDADISSIMO!!!!!

Forte abraço!!!


Ordered to Kill (1986)

otkfkadafimi2

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Retaliatory Strike (1987)

at war 87

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

BO DIDDLEY

O PAI DO ROCK AND ROLL

Bo Diddley 1

Caros leitores do aferroefoggo, apresento a vocês ninguém menos do que o criador do Rock and Roll, é isso mesmo, eu também não sabia disso e também me surpreendi quando peguei a revista dessa coleção para fazer este post, apesar de ter esse material a muito tempo nunca tinha parado para ler, mas antes tarde do que nunca hehehehe.

Fazer este post pra mim foi o que mais me empolgou até agora, principalmente pelas curiosidades da história desse monstro do Blues e também do Rock, por favor não deixem de ler, pois irão descobrir e se surpreender com muitas curiosidades, como eu tb me surpreendi.



Vocês sabem qual foi a banda que mais gravou musicas do Bo Diddley?

vocês sabem quem foi o criador da distorção no som da guitarra?

vocês sabiam que Elvis Presley copiou os seus movimentos?

Pois é, está e muitas outras curiosidades estão no histórico.

Para deixar o leitor com mais vontade ainda de ler vai aqui uma frase que está no histórico: "...Enfim, foi especialmente sua atitude e também o fato de que tenha criado um estilo de música que foi crucial para o nascimento e desenvolvimento do rock..."

Na seção de videos eu procurei colocar os que são videos mesmo, pois tem muitos videos que são somente fotos passando com a musica, selecionei os de melhores qualidade, inclusive um em especial citado neste histório em que ele faz uma apresentação no programa de Ed Sullivan que era um dos programas de maior aldiencia nos EUA na epoca.

Na seão de downloads eu estou disponibilizando 4 albuns inclusive um duplo que faz uma abrangência da carreira de Bo Diddley, mas em um futuro próximo estarie disponibilizando mais alguns albuns que estou a procura, assim que eu tiver eles estarei disponibilizando no blog.

The Crow !!!

HISTÓRICO

Bo Diddley 2Na segunda metade dos anos 50, o blues da América do Norte experimentou uma expansão massiva nas asas do "rhythm & blues" ou em outras palavras, do "rock'n roll", vários comando desembarcaram na preferência juvenil, poderosamente providos das armas demolidoras do puto blues de raiz negra. Entre todos os destaques das colunas chamara mais atenção pelos seus efeitos no mercado da música, no consumo discográfico e na definição do etilo que acabou se tranformando em uma moda. Eram Chuch Berry e Bo Diddley, chamado realmente Ellas MacDaniel, os dois "pos stars" que levaram a maior quantidade de genuíno blues nas veias.

Bo Diddley era o mais inovador, foi ele quem inventou o sistema de distorsão no som da guitarra, mais tarde adotado por muitos de seus colegas, e o seu ritmo "shave and a haircut six bits" foi realmente revolucionário. Certamente foi também percursor do "rap" em algumas das suas gravações como "Say Man" ou "Crackin'up". Foi ao mesmo tempo um dos primeiros artistas super populares que exerceram sobre o grupo ultra jovem e sobre os meios musicais uma influência muito maior do que se podia deduzir de sua presença nas "paradas de sucesso", um fenômeno que se repetiu com outros artistas depois dele.


Bo Diddley 3

Muito influenciado por Muddy Waters, ele também é do sul do estado do Mississípi e desenvolveu sua carreira basicamente em Chicago. Sua típica guitarra angulada em forma retangular (coberta de pele) e seus chápeus com insignia são imagens que caracterizam sua figura.

Sua obra não teve a repercurssão que merecia, como aconteceu com a de Chuck Berry, mas a dívida que o rhythm e o blues, e por extensão o rock and roll tem com Bo Diddley é impagável. Era o homem que tinha o "beat". E o conseguiu jogando fundo no rhythm and blues para explorar ao máximo o seu potencial elétrico. Teve uma época gloriosa e de grande criatividade, mas não conseguiu manter esse nivel em toda a sua carreira, apesar de que nunca tenha deixado de ser um grande músico. Muitos músicos se apoderaram de seus ritmos e ficaram milionários. Buddy Holly cantou "Bo Diddley", Elvis Presley copiou seus movimentos; os grupos de rhythm and blues e beat britânicos dos anos sessenta (Rolling Stones, Animals, Kinks, Who, Pretty Things ou The Yardbirds), grupos norteamericandos dessa mesma década (Doors, Shadows of night, Creedence) e outros profissionais mais modernos nunca terminarão de agradecer a grande influência que Bo Diddley exerceceu sobre todos eles, apesar de que tempos atrás não foi muito apreciado pelos brancos por causa da crueza da sua arte.

O que lhe fez tão grande?

Suas músicas?

Sua guitarra?

Sua voz ?

Bo Diddley 4

Enfim, foi especialmente sua atitude e também o fato de que tenha criado um estilo de música que foi crucial para o nascimento e desenvolvimento do rock, apesar de Johnny Otis também quis ser o pai do rock. Sua música estava baseada em titmos primitivos: contagiosos, repetitivos, hipnóticos e com muita sensualidade. O som da sua guitarra retangular falante e a sua voz exuberante faziam o resto. Co o cabelo meticulosamente cortado e seus óculos em forma de concha, Diddley foi o criador de músicas imortais que ainda tocam de uma maneira cativadora como há quarenta anos atrás.

Ellas Bates nasceu em 30 de dezembro de 1928 numa fazenda produtora de algodão de McComb (Mississípi), e recebeu o sobrenome de McDaniel em sua infância depois que foi adotado por uma prima de sua mãe, Gussie McDaniel. Aos cinco anos de idade se mudou para Chicago, onde começou a aprender a tocar violino e, depois, guitarra. Também começou a treinar como lutador de box para participar na Luva de Ouro, época em que começaram a chamá-lo de Bo Diddley (Guitarra afrinca primitiva de uma corda).

Em 1948, deixou o box e se casou, apesar de que seu casamento tenha durado pouco.

Bo Diddley 5

Começou a tocar blues como músico pelas ruas e em diversas festas, até que em 1951 conseguiu um contrato para tocar no Club 708. A partir desse momento passou por todas as casas de jogos de South Side mostrando toda a crueza do seu estilo. Em 1955 o caça-talentos Leonard Chess o contratou para o Checker, uma subsidiária da Chess, e lá começou como músico de estúdio tocando para o Chuch Berry, entre outros, com quem gravou "Memphis Tennessee" e "Sweet Little Rock e Roller". Neste mesmo ano, já foi publicado seu primeiro single, "Bo Diddley", "I'am a Man", que chegou ao segundo lugar nas paradas de rhythm and blues, "Bo Diddley" era um hino escrito sobre ele mesmo, com um "riff" que se fez imortal, e que coincidiu com outra gravação de suas música totêmicas da história do rock and roll, "Maybellene" de Chuck Berry. Nesta ocasião ja tinha uma banda na qual aparecia sua irmã de criação The Duchess (guitarra), Otis Spann (piano), Billy Boy Arnold (harmônica), Farnk Kirland (bateria), e Jerome Green (maracás, baixo e vocal).

Neste mesmo ano se apresentou no teatro Apollo de Harlem em Nova York e apareceu num programa de televisão de Ed Sullivan. O período de 1955 a 1962 foi o mais importante da sua carreira, quando gravou um grande número de canções que foram o catecismo futuro para as novas gerações.

Em 1962 foi gravado seu primeiro LP, "Bo Diddley", e no ano seguinte realizou uma turnê pela Grâ-Bretanha ao lado dos Everly Brothers e uns Rolling Stones, ainda inexperientes, que com o tempo se converteram no grupo que mais versões fizeram de suas composiões. Esta visita não passou desapercebida para os novos grupos ingleses que utilizaram muitas de suas músicas para incorporá-las em seus repertórios. Em 1964 gravou junto com Chuck Berry o emocionante LP "Two Great Guitars", uma jóia em que um lado Berry toma o comando e Diddley o segue e no outro acontece o contrário. Em 1968 uniu-se a Muddy Waters, Howlin' Wolf e Little Walter para a gravação do disco "Super Super Blues Band", e um ano mais tarde participou do Festival de Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Little Richard e John Lennon com a Plastic Ono Band.

Bo Diddley 7

Em 1971, lançou um disco curioso, "Another Dimension", no qual incluía composiões de John Fogerty, Elton John, Jamie Robbie Robertson e Al Kooper, entre outros. Apareceu também nos filmes "Keep On Rockin" (1972) e "Let The Good Times Roll" (1973), junto a outras grandes figuras do rock & roll. Em 1973 foi lançado "The London Bo Diddley Sessions", com um lado gravado em Chicago e outro em Londres ao lado dos músicos britânicos entre os quais figura Ron Wood.

Em 1976 abandonou a sua marca de sempre e assinou um contrato com a RCA com a qual lançou o disco "The 20th Anniversary of Rock "n" Roll". Apesar de sua grande atividade em todo tipo de shows de "revival" de rock e do rhythm & blues, a fama e as vendas dos seus discos tinham caído notavelmente e só lhe sobrava a sua influência sobre os demais, que lhe rouvabam idéias para torná-las próprias, até que em 1979 os clash o escolheram para tocar com eles durante a sua turnê norte-americana.

Bo Diddley 6

Durante os anos oitenta ele continuou com suas turnês incansáveis, os seus discos começaram a ser relançados e Diddley acaba gravando algumas coisas novas como "The Mighty Bo Diddley" (1984) para o selo francês New Rose, "hey Bo Diddley" (1986) ao vivo durante os seus shows pela Europa, outro disco no Ritz de Nova Iorque ao lado de Ron Wood (1988) e "Promisses" (1994) com toques de country e rap. Ellas ou Bo, como queiram, não quis ficar ligado ao blues para sempre. A sua curiosidade o levou a fazer algo mais positivo do ponto de vista crematístico. Como Chuck Berry, ele também bebe de fonte inesgotável dos seus colegas mais puristas, e como Gabriel o Pensador, desenvolve letras cheias de ingênio e graça, que adorna com sua forma especialissima de tocar violão. Diddley é uma ponte bonita e divertida entre as fronteiras do blues mais genuíno e do rock & roll mais fera. Um pedaço do caminho no qual está compreendido em toda sua dimensão o rhythm & blues.

Esse texto foi retirado da coleção Mestre do Blues, revista n° 10




Bo Diddley 9

Donwload cd 1

Donwload cd 2

Bo Diddley 10

Donwload

Bo Diddley 12

Donwload

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Ray Charles

Ray Charles

Ray Charles 6

Na minha humilde opinião Ray Charles é um dos artistas do genêro mais bem humorados, vocês poderão observar isso nas fotos e também nos videos que tem neste post. Ray Charles é um exemplo de vida a ser seguido por sua vontade e superação, pois durante a sua infância teve uma doença que o deixou completamente cego aos 7 anos de idade. Eu acho que não existe um outro artista do rythm and blues que tenha uma discografia tão grande quanto ele.
Por isso eu busquei colocar na seção downloads desse post algumas coletâneas que tem um acervo das melhores canções de Ray, provavelmente irão repetir musicas entre uma coletânea e outra, mas sempre tem musicas que não está em uma e está na outra, e como eu não gosto de colocar discos pela metade eu coloquei todos os discos completos.



Na seção de videos você poderão comprovar como Ray Charles é um artista muito estrovertido no palco e gosta de interagir com a plateia, tem videos de clássicos inesquéciveis e também um video em especial que me chamou muito a atenção que tem Ray Charles, Jerry Lee Lewis e mais um outro pianista, eu não me recordo de ter visto alguma outra vez três pianistas tocando juntos , o video é maravilhoso, assistam !!!

The crow !!!

HISTÓRICO

Ray Charles 9Ray Charles foi um grande fabricante de gravações para colecionistas. Fora os seus primeiro 'hits' nas paradas de sucesso americanas "Mess around" e "Losing hand", em 1953, que hoje em dia são uma jóia para qualquer discoteca, existe uma grande quantidade de volumes singulares que os especialistas detectam como exemplares irrenunciáveis e que não estão disponíveis nos catálogos de venda normal do mercado, a não ser por reedições de promoção muito especificas ou esporádicas.

Entre estes volumes praticamente impossíveis de encontrar estão gravações que ele realizou nos anos 50 com músicos relevantes das orquestras de Duke Ellington e de Count Basie e com arranjos intrumentais assinados por Quincy Jones, Ralph Burns, Al Cohn, Emie Wilkin e outros especialistas famosos.

Outra exposição cobiçada pelos colecionadores é a gravação de "Georgia on my mind" de Carmichael, realizada em 1960, que fez parte da trilha sonora do filme Norman Jewison "In the heat of the night". E, ainda assim, ninguém pode esquecer de "One mint julep" de 1961, com arranjo de Quincy Jones, seguida de "Hit the road, Jack" e os duetos memóraveis com Betty Carter interpretando "Baby it's cold outside" e "Takes two to tango", no mesmo ano de 1961, e os premiados "Busted" e "Crying time".

Sem falar de dois LPs históricos, gravados com o famoso vibrafonista Milt Jackson, entítulados "Soul Meeting" e "Soul Brothers"e, pricipalmente, a lendária coleção completa de temas musicais de "Porgy and Bess", gravados com Cleo Laine em 1976, que não está no mercado e constitui em orgulho para qualquer discoteca pública ou privada que possa ostentar o fato de possuí-la.Ray Charles 5

Todas estas são algumas das péorla de coleção que podem ser mencionadas entre a ampla discografia de Ray Charles. Porém, mai estranhas ainda e, consequentemente, mais dificeis de encotrar, são gravações -as primeiras do seu hitórico que realizou a partir da sua sede Seatlhe, no distante estado de Washington, sob o nome de MeSon Trio ou mais tarde, Maxim Trio, um grupo constituído em 1948 identico ao trio de Nat Kin Cole, que naquel época era idolo secreto do jovem Ray Charles.

Desde seus primeiros grandes sucessos mundiais em 1955, Ray Charles se manteve na cúpula da popularidade universal, como um dos mais gloriosos e mais rentáveis expoentes do "Show Business" amerciano. Artita muito versátil, ele expressou-se de forma brilhante no domínio do piano, do órgão, do saxofone, foi um excelente compositor, regente de orquestra, promotor e empresário musical e, principalmente e muito especialmente, foi um cantor com traços pessoais muito singulares. Todas as suas habilidades foram diversificadas em todos os gêneros possíveis, incluindo o jazz, contry music, pop, canções da Broadway, rock'n roll e, em geral, qualquer tipo de temas dos chamados padrão que aparecem no repertório genérico de cantores e orquestras.

Em todos os campos destaca a sua personalidade mas, curiosamente, é no terreno do blues onde sua maestria atinge o seu máximo esplendor apesar de que ele nunca tenha-se definido especialmente como 'bluesman'. É quando canta blues que a sua voz personalissima se manifesta com todos os seus recursos e as sua criações vocais são insuperáveis literalmente.Ray Charles 11

Nasceu como Ray Robinson (Charles é o seu segundo nome e Robinson é o sobrenome) na cidade de Albany, Georgia, no dia 23 de setembro de 1930, mas tinha só dois meses quando a familia mudou-se para Greenville, na Florida, onde ele viveu a sua infância e adolescência. Foi perdendo a vista gradualmente por causa de uma doença nos olhos, até ficar completamente cego aos 7 anos de idade, motivo pelo qual foi educado numa escola especial pra crianças deficientes. Lá aprendeu música e piano clássico. Em 1946/47 apresenta-se como pianista transumante por todo o estado da Flórida, em locais de todo tipo, recebendo em troca, praticamente, só as gorjetas.

Em 1948, dá um pulo em Seattle onde apresenta-se como pianista de um grupo chamado Maxim Trio (e outros) e desce pela costa até Los Angeles, onde é contratado para o espetáculo do 'bluesman' Lowell Fulson com quem realiza várias turnês e quem o aconselha a utilizar os seus dois nomes -Ray Charles- já que o seu sobrenome Robinson- Coincide com o do famoso lutador de box, o que dá margem a muitas brincadeiras. No final da década de 40, Ray Charles, e apresenta com gente do blues como Joe Turner ou T-Bone Walker e acompanha Ruth Brown em shows, porém só da o passo decisivo quando é contratado pelo empresário Ahmet Ertegun, criador do selo 'Atlantic' e o impulsor máximo do rhythm and blues como gênero de consumo massivo. Por volta de 1953 Ray Charles funda o seu primeiro grande conjunto estelar com Joe Bridgewater na trompeta e Jow Newman no saxofone. Com este grupo Ray Charles divulgou uma formula original, que consistia em cantar textos absolutamente profanos sobre temas e harmonias de estilo gospel e negro-spiritual. O seu conjunto foi ampliado até chegar a ser uma atêntica 'big band', além de incluir um coro femenino super atraente para a vista e ouvidos ao qual batizou como The Raelets.Ray Charles 8

As apresentações ao vivo foram sucessos arrasadores e os primeiros discos com aquela 'big band' conseguiram impactos sucessivos no ambito discográfico, que fizeram cambalear as paradas do sucesso.

Na primeira metade dos anos 50, Ray Charles e sua orquestra eram a atração mundial mais cotada para todo tipo de públicos, pois tinha o dom especial de interessar tanto a geração mais jovem que estava descobrindo o rock'n roll quanto a geração dos mais velhos que combatia aquela revolução juvenil. Ray possuía uma varinha de condão que seduzia puristas e inovadores e até os amantes da música de ópera sentiam-se subjugados por sua maneira de cantar e de impostar a voz que desbratava todos os cânones da música clássica.

Ele não só se converteu na mais cotada atração dos programas de televisão, mas também a sua presença se fez habitual no melhores palcos americanos, começando pelo Carnegie Hall e todo o mundo. A partir de 1961, passou para o selo ABC-Paramount (onde ficaria até 1968) e realizou turnês constantes de shows pela Europa, Oriente e América do Sul. Começou a fazer shows em grandes espaços, antecipando-se aos roqueiros que uns anos mais tarde teriam a mesma idéia e falou-se muito dos seus shows no Palácio do Esportes de Paris (1961) e numa extensa sucessão de recintos desta natureza por todo o mapa dos Estados Unidos, incluindo os grande festivais no Central Park de Nova Iorque (em 1968 e 1970).

Ray Charles 7Naquela época, Ray já havia criado sua própria companhia produta-editora, a Ray Charles Entreprises com suas subsidiárias Tangerine Records, Tangerine Music e Racer Music CO. Mais tarde, em 1973 criou uma outra companhia para produção e edição discográfica chamada 'Crossover'. 70. qualquer 'pop star' que tivesse acesso a algum grande espetáculo musical majoritariamente na televisão americana, propunha a Ray Charles que deixasse ser acompanhado por ele, como estrela convidada, na certeza de que ele era a chave infalível que atraia todos os públicos de todas as idades e condição.

Desta forma, entraram para a história como grande sucessos das apresentações de Ray Charles nos shows de Bob Hope (1969) do Glen Campbell Goodtime (1970) de Johnny Cash (1970) de Tom Jones e de Engelbert Humperdinck (ambos em 1970) em vários sucessivos de Carol Burnett e de Bill Cosby (1972 em diante) do Duke Ellington Special de 1973, no show de Barba Streisand do mesmo ano, nos grandes espetáculos do 'Cotton Club 75', de Cher (mesmo ano), o 'Dinah Show' de 1975 e 1977, os espetáculos de Johnny Carson em várias ocasiões.Ray Charles 10

A partir de 1960, Ray Charles literalmente amontoou prêmios, troféus, medalhas e homenagens vindos não somente de suas gravadoras ou da crítica, mas também de instituiçõe estatais.

A bibliografia sobre Ray Charles é também sumamente extensa e dentro desta destaca-se sua própria obra autobiográfica "Brother Ray - Ray Charles' own story", lançada em 1978 por David Ritz da Dial Press.

Chamado pelo apelativo "The Genius" desde jovem, como forma distintiva, convém não confundi-lo com o compositor e regente de corais do mesmo nome, Ray Charles, nascido em 1918 e fundador do conhecido conjunto vocal "The Ray Charles Singers".

Esse texto foi retirado da coleção Mestre do Blues, revista n° 9 - Editora Altaya



Ray Charles 1

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Ray Charles 2

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Ray Charles 3

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Ray Charles 4

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Albert King

Albert King 4

O Hard Blues


Albert King era canhoto e tocava uma guitarra Gibson Flying V virada de forma que as cordas graves ficavam para baixo. King usava suas próprias afinações estranhas, sobre as quais ainda há controvérsia. Um guitarrista com estilo "menos é mais", King era conhecido por conseguir tirar de uma única nota mais sentimento do que a maioria dos guitarristas conseguia de 1000. Albert King influenciou milhares de guitarristas, incluindo músicos famosos como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Mike Bloomfield, Stevie Ray Vaughan e Gary Moore.


O solo de Eric Clapton na música "Strange Brew" (Cream, 1968) é uma cópia nota-a-nota do solo de King na música "Pretty Woman".

Albert King com certeza é um dos divos do blues, na aba videos poderão curtir algumas raridades, no qual mostra todo o seu dom. Na seção de downloads eu coloquei um acervo que tem as principais canções, com certeza quem gosta do blues com muitos solos e riffs de guitarra não pode deixar de baixar.

No Histórico de Albert King, irão descobrir muitas curiosidades sobre ele, como por exemplo: Vocês sabiam que Albert King construiu sua própria guitarra? Leiam todo o histórico e irão ficar sabendo dissso e de mais outras curiosidades.

The Crow !!!

HISTÓRICO

Albert King 1

Costumava apresentar-se como irmão de B.B.King e parecia que adotava uma postura defensiava, mas o que atacava era o blues brando. Sentia-se bem tocando blues nu e cru e conseguia produzir um som elegante e sóbrio, porém cheio de tensão (hard Blues).

Ele era canhotoe, como outros guitarristas, esqueceu de mudar a ordem das cordas na hora de aprender a tocar o seu instrumento, uma GibsonFlying V à qual batizou dom o nome de "Lucy". Paasou para a história do blues sigilosamente, sem necessidade de chama a atenção.

É um rei sem coroa, extremamente apreciado pela minoria que ama o blues e injustamente esquecido pelas enciclópedias musicais, que raramente falam dele ou, como muito, dedicam-lhe poucas linhas, apesar de ter sido ele quem modernizasse o blues elétrico fusionando-o com o soul. O seu estilo relaxado e sóbrio, porém cheio de sentimento e emoção constituiu todo um exemplo para artistas como Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan ou Albert Collins.

Albert Nelson nasceu em Indianola (Mississípi) no dia 25 de abril de 1923. Seu pai era um predicador que abandonou sua numrosa família quando Albert tinha cinco anos. Em 1931 mudou-se para um plantação de algodão em Arkansas e foi lá onde começou a tocar blues com guitarras rudimentares construídas por ele mesmo, até que em 1939 conseguiu o seu próprio violão acústico, com o qual tratava de imitar o seu ídolo. T-Bone Walker. Após a jornada de trabalho Albert perambulava por clubes e roadhouses (moteis de beira de estrada com senhoritas de reputação duvidosa) ainda que a sua juventude constituísse um obstáculo para poder aproximar-se aos grande do blues.

O seu primeiro contato profissional com o blues foi na Yancey's Band tocando guitarra rítmica. Em 1948, morando em Osceola, onde formou o seu primeiro grupo "In The Groove Boys", mudou de nome passando a chamar-se Albert King e, como tantos outros músicos, emigrando para o Norte em busca de fama. Os seus primeiros passos em Chicago foram como baterista de Jimmy Reed e posteriormente, como músico de diversos artistas como Jackie Wilson, Brook Benton ou Earl Hooker, perambulando por diferentes estados.

Albert King 3

Em dezembro de 1953 gravou em Chicago os seus primeiros cincos temas, lançando dois deles num single para o selo Parrot, "Bad Luck Blues" e "Be On Your Merry Way", obtendo uma repercursão nula. Desencantado, volou à Oseola, onde ressurgiu a sua antiga banda, alternando o trabalho durante o dia com os shows noturnos. No final dos anos cinquenta instalou-se em St. Louis e começou a gravar para o selo Bobbin uma série de temas que foram adquiridos mais tarde pela casa King para conformar o que seria o seu primeiro LP, "The Big Blues". Uma destas músicas "Don't Throw Your Love On Me So Strong", foi o seu primeiro sucesso das paradas de 1964. Depois de alguns anos de andanças sem maiores consequencias, a sua carreira tomou um caminho mais sólido quando foi contratado pelo selo Stax, de Mênfis, responsável pela ascensão de Otis Redding, Rufus Thomas, Booker T. & The M.G.'s e outros tantos. As suas primeiras gravações obtiveram um respaldo total de público e canções como "Laundromat Blues", "Crosscut Saw" e "Oh Pretty Woman", na qual esta acompanhado por toda a band de Booker T., os Bar-Kays e os Mar-Keys, escalavam nas paradas de sucesso, dando-lhe uma reputação que se sonsolidou no ano seguinte com o tema e o LP "Born Under A Bad Sign".

Albert King 2

Em 1968, instalado em São Francisco, gravou ao vivo no prestigiado Fillmore o disco "Live Wire/Blues Power", considerado como um dos melhores trabalhos da sua carreira. Depois viriam "King Does The King's Things", um disco para os fãs do rock, no qual revisa nove temas do repertório de Elvis Presley; "Years Go By" (1969), no qual rtoma o blue acrescentando-lhe gotas de soul e funk; "Lovejoy" (1971); "I'll Play The Blues For You" (1972); e "I Wanna Get Funky" (1972), com a ajuda de Isaac Hayes para contentar um mercado que estava esquecendo o blues e começando a destrutar de novas tendências.

Quando o selo Stax se viu envolvido num julgamento por estafa, King fechou um contrato com a Utopia Records em 1976 e gravaou "Albert", um disco cheio de concessões comerciais e arranjos excessivamente elaborados,. No ano seguinte; lançou "King Albert", um LP de música de discoteca e em 1978 "New Orleans Heat", produzido por Allan Toussaint.

As suas apresentações ao vivo continuavam sendo exemplares, mas os seus discos tentavam satisfazer os gostos impenetrantes, impedindo-o de mostrar todo o seu poder. Nesta época, dois selos compraram os direitos das suas gravações para resolver os arquivos e publicar os seus melhores momentos que tivessem sido descartados: O selo britânico Charly comprou Tomato e o selo californiano Fantasy adquiriu a Stax. Entre todo o material inédito, foram encotrados momentos eletrizantes nos quais ele tocava acompanhado por John Lee Hooker ou John Mayall.

Após alguns anos de tranquilidade, King voltou com "San Francisco 83" e "I'm In A Phone Booth Baby" (1984), uma canção escrita para ele por Robert Cray.

Albert King 5

Aposentando em Brooklyn (Illinois), as suas atividades se reduziram notavelmente e só era visto, de vez em quando, em algum festival ou em alguma colaboração esporádica, como a que aconteceu em 1990, quando participou junto a Albert Collins no álbum "Still Got The Blues" de Gary Moore, até o seu regresso discográfico em 1991 com "Red House", uma homenagem a Jimi Hendrix na qual participaram também Joe Walsh (ex Eagles), Bruce Gary (ex The Nack) e Jim Dickinson. Não sobrava tempo para muito mais, King estava experimentando sons diferentes e preparando um novo disco com material armazenado, quando no dia 21 de dezembro de 1992 morreu num hospital de Mênfis - Tennessee por causa de um infarte.

Esse texto foi retirado da coleção Mestre do Blues, revista n° 8 - Editora Altaya e wikipedia.



Albert King 8

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Albert King 7

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Albert king 6

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Albert King 9

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Albert King 10

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Flametal

Flametal

Buenas amigos!!!

Ontem recebemos um comentário no post do Pecho E' Fierro, falando justamente das semelhanças citadas entre o metal e a música flamenca, semelhanças essas muito bem lembradas pelo amigo do blog Agora é Rock. Bueno... me bateu uma curiosidade, e resolvi procurar alguma coisa que mesclasse esses dois estilos, validando essas semelhanças... e não é que encontrei!!! heheheheh


Hoje apresento a banda *** F L A M E T A L***, formada em 2004 nos USA...isso mesmo... não é espanhola! Eles fazem um som, que não sei se posso chamar de folk metal, acho que sim, mas é uma mistura de speed metal, quase thrash com o belíssimo som da guitarra flamenca, aliado à um vocal agressivo característico do metal, tipo o vocal da banda Kryptos, postada aqui no site. A grande maioria das músicas são cantadas em inglês, o que nesse caso, não tira os méritos da banda! Ambos os discos são ótimos, mas o primeiro, me parece que ficou mais evidente a guitara flamenca, particularmente, gostei dos dois!!!

Flametal banda 1

Eis uma banda totalmente diferente do que eu já ouvi, achei que não encontraria nada parecido com isso, ou que pelo menos tentasse utilizar algum elemento flamenco....mas tá ai!!!.... se alguem duvidava da semelhança entre os dois estilos, essa banda é a prova viva de que é real, de que existe um elo de ligação sim!!!

Só para constar.... o guitarista flamenco é que faz o vocal metaleiro....Destaque especial para a bela baixista Angeline Saris!!! heheheh....Consegui o primeiro disco no blog Ignes Elevanium, bastante coisa boa lá, vale a pena conferir!!!

No mas... só tenho a dizer que é uma excelente banda, de uma criativadade espantosa, vale muito a pena baixar e conhecer. Recomendadíssimo!!!!...

Grande abraço!!!

Site oficial

Myspace



The Elder (2005)

Flametal 2005

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Master of the Aire (2008)

Flametal 2008

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Howlin' Wolf

"O Lobo Uivador"

Howlin' Wolf 7

"O que tem a ver em comum gente como Sam Cooke, Rolling Stones, Link Wray, Doors, Led Zeppelin, Dr. Feelgood, Albert King, Captain Beefheart, Ten Years After ou Stevie Ray Vaughan? Todos eles gravaram pelo menos uma canção do repertório de Howlin' Wolf, ainda que estes dez exemplos são só uma parte ínfima da lista espetacular que poderíamos confeccionar."

Devo confesar que eu tinha ouvido muito pouco deste maravilhoso "bluesman", não sei porque, mas enfim... antes tarde do que nunca. Wolf tem uma voz inigualável, acho que dificilmente alguém conseguiria chega perto de imitar a voz rouca que ele possui. Na aba videos verão algumas raridades que encontrei.

Enquanto eu escrevia esse post eu ouvi encordoadamente os 4 discos que estão para downloads e sinceramente na minha humilde opinião Howlin' Wolf etá na minha lista dos Top Five do Blues, junto com B. B. King, Muddy Waters, John Lee Hooker, Johnny Winter, não sei se os leitores da aferroefoggo concordam comigo.

Gostaria que os leitores colocassem comentários a respeito do meu Top Five para discutirmos a respeito do assunto e também pra mim saber o que os leitores gostam de ouvir com relação ao Blues, para futuros post, pois quanto mais os nossos leitores comentam sobre suas opiniões e sugestões será mais fácil para nos criadores do aferroefoggo.com saber o que vocês querem para disponibilizarmos.

The Crow !!!


Howlin' Wolf 5

Existem diferentes versões sobre a adoção do nome HOWLIN' WOLF pelo cantor de blues Chester Arthur Burnett, porém o mais verossímil é que o pseudônimo foi assumido no começo da decada de 30 devido ao grande sucesso que obteve a interpretação do blues intitulado "Howlin' Wolf", original de Jonh "Funny Papa" Smith. No entanto, aconteceu vinte anos mais tarde (na decada de 50, quando ele já era um quarentão) quando Howlin' Wolf começou sua fulgurante carreira fonográfica, com gravações decisivas como "I Ain't superstitous", "Moanin' At Midnight" ou "How many more years".

Desde seus primeiros registros para o selo Chess, Howlin' Wolf, foi junto a Muddy Waters, a outra pedra angular sobre as que apoiou-se a devastadora difusão fonográfica do blues, que provinha de Chicago, através do lançamento de discos, apesar de que todos seus protagonistas eram marcadamente sulistas. (Tanto Howlin' Wolf quanto Muddy Waters tinham nascido e crescido no Sul Profundo, em Mississípi).

Howlin' Wolf causou sensação nos âmbitos do blues que desenvolveram-se em Chicago, devido à sua impressionante figura fisica e a seu estilo rude e agreste, condições estas que apreciam-se ao longo das inesquecíveis gravações incluidas neste disco.

Foi um grande mestre da harmônica-blues, como aprecia-se nas obras mestras como "Poor Boy" e outras que configuraram a presente seleção influenciado no começo pelo seu mestre Sonny Boy Wilianson, o velho (Aleck "Rice" Miller), mas depois desenvolveu sua técnica pessoal, com a que moldou o chamado "estilo Chicago" na arrebatada expressividade deste instrumento, com um potencial dinâmico irresistível que arrastava a toda sua banda.


Howlin' Wolf 6

Howlin' Wolf formou sua banda em Mênfis (junto a Ike Turner como membro destacado) e desembarcou em Chicago em 1950. A poderosa banda de Howlin' Wolf foi um fator decisivo na implantação do seu estilo e também foi um respaldo inevitável nas trepidantes apresentações ao vivo nas que Howlin' Wolf exaltava-se tanto, que as vezes, sem percebê-lo completamente, chegavam a ser extravagantes.

De tudo isso este disco é uma testemunha de primeira ordem. Só falta escutar, como amostra, "The Red Rooster", "Killin Floor" , " Smokestack Lightnin", "Moanin' for my baby", "Going Down Slow", ou "Spoonful", todas elas elegíveis como modelos representativos deste importante criador de estilo e pertencentes à sua grande época dourada de Chicago, quando seu gênio artístico se impôes como uma das figuras mais importantes da cultura da comunidade negra norte-americana.

Wolf não foi um guitarrista genial e nem dominava a harmônica como seus colegas Little Walter e Sonny Boy Williamson e na realidade, os seus sons nunca mudaram. O que extremessia nele é a voz inimitável, cheia de chiados, feroz, o fervor com que cantava estes blues que saiam da sua alma: o uivo do lobo. O seu amigo Johnny Shines pensava que ele tinha vendido a sua alma ao diabo, como se dizia também de Robert Johnson. Wolf foi um homem complexo e misterioso, de caráter explosivo e podia cantar blues alegres ou flitos, dependendo do seu estado de ânimo. Desde muito jovem já era enorme. Media 1,90m e pesava 140 kg. Chegaram a chamá-lo de "Bull Cow", "Big Foot" e "little Wolf", tinha a cada cheia de marcas, um pescoço enorme e a pele negra como o azeviche. ele foi influenciado por Charlie Patton, Son House, Willie Brown, Tommy Johnson e pelo cantor braco de country Jimmie Rodgers.

Chester Arthur Burnett ( o vigéssimo primeiro presidente dos Estados Unidos chamava-se Chester A. Arthur) nasceu no dia 10 de junho de 1910 numa plantação perto de Ruleville (Condado de Sunflower) no Mississípi, a duzentos quilômetros da sua cidade natal, muito perto de onde trabalhava Charlie Patton, que foi quem lhe ensinou os princípios elementares da guitarra. Em 1928 começou a tocar pelo Sul, coincidindo com Robert Johnson e Sony Boy Williamson II (Rice Miller) que se casou com a sua irmã e lhe deu aulas de harmônica.

Howlin' Wolf 8

Depois de entrar para o exército em 1941 em Seatle, voltou à sua terra para continuar trabalhando com o seu pai, até que em 1948 viajou a Mênfis para forma o The House Rockers, uma banda de blues elétrico que ganhou uma boa reputação e que foi integrada também por James Cotton e Little Junior Parker. Essa foi a época em que começaram a chamá-lo de o Lobo Uivador. No ano seguinte conseguiu um contrato na emissora KWEM, onde trabalhava como DJ e cantava ao vivo através das ondas até que Ike Turner, que fazia de caçador de talentos, o descobriu em 1951, levando-0 para gravar nos estúdios de Sam Phillips. Desta sessões saiu o single "Moanin' At Mignight"/"How Many More Years", que foi lançado pelo selo Chess e, ao mesmo tempo, pelo selo RPM como "Morning At Mignight". Os seus acompanhantes na gravação foram Ike Turner (piano), Willie Johnson (guitarra) e Willie Steel (bateria).

Depois de gravar algumas canções nos selos RPM e Crown, Leonard Chess portestou e Wolf foi embora para Chicago em 1952, onde começou a tocar com a ajuda de Muddy Waters e a gravar para a Chess acompahado por músicos como Humbert Sumlin(guitarra), Fred Below (bateria), Otis Spann (piano), Willie Johnson (guitarra), Earl Phillips (bateria), Jody Williams (guitarra) e principalmente Willie Dixon (baixo), um músico compositor que lhe escreveu um grande número de canções extraordinárias.

O célebre local Sylvio, situado no crescente West Side, foi testemunha de numerosas, apresentações de Howlin', como também o denominado Big Squeeze Club, localizado pelo contrário, no South Side, e onde centenas de fãs puderam escutar o Lobou Uivador e ver como as gotas de suor encharcavam a sua cabeça robusta enquanto ele se desdobrava interpretando os seus blues mais tensos e exaltados. Até finaliza a década dos cinquenta, Howlin' Wolf lançou uma quantidade impressionante de música que com o tempo conformariam um ponto de apoio imporante para os grupos brancos que começavam a praticar Rhythm and lbues.

Howlin' Wolf 9

No dia 31 de julho de 1960 participou no festival de Blues de St. Louis ao lado de E. Rodney Jones e Elmore James. Em 1961 publicou "Down in The Bottom", "The Red Rooster", "You'll Be Mine", "Built For Confort" e "I Ain't Supertitious" e no final do ano chegou à Grâ-Bretanha para fazer uma série de shows e lançar sem repercussão nenhuma o disco "Litttle Baby". Dois anos mais tarde surgiram mais clássicos como "Tail Dragger", "Hidden Charms" ou Three Hundred Charms" ou "Three Hundred Pounds of Joy" e gravou ao vivo no clube copacabana de Chicago o LP "Folk Festival of The Blues", ao lado de Otis Spann, Buddy Guy e Muddy Waters. Em 1964, a febre do Rhythm and Blues elétrico, tanto na Grã-Bretanha quanto nos Estados Unidos, o levou ao auge como uma das suas influências máximas e grupos como os Rolling Stones, The Yardbirds, Manfred Mann, Sovoy Brown, Cream, Eletric Flag, ou Doors fizeram versões do seu repertório.

Um ano mais tarde apareceu no programa de TV americano "Shinding" junto com os seus discípulos mais fervorosos:

Em 1971, voltou a Grã-Bretanha para gravar "The London Howlin' Wolf Sessions", um disco no qual revisava algumas das suas mais importantes canções ao laod de músicos que o adoravam como Eric Clapton, Stevie Winwood, Bill Wyman, Charlie Watts, Klaus Voorman, Richie (Ringo Star), Ian Stewart ou Lafayette Leake. Um ano mais tarde apareceu no Festival de Blues e Jazz de Ann Arbor, orgranizado em memória do pianista Otis Spann e do qual participaram também entre outros, Muddy Waters, Doctor John e Bobby Bland. Em Janeiro de 1972, gravou ao vivo no Alice's Restaurant de Chicago o LP "Life and Cookin" junto a velhos bluesmen como Sunnyland Smith, Hubert Sumlin, Fred BElow ou Davis Myers.

Os seus problemas começaram em 1973, quando depois de sofrer dois ataques cardíacos, atravessou o párabrisas do seu carro num acidente que deixou-lhe com seqüela uma grave doença renal.

Continuou com as suas apresentações (que o seu representante se encarregava de reduzir devido ai imenso esforço físico que representavam), lançou o LP "The Back Door Wolf" (1973) e tocou em

Howlin' Wolf 10

novembro de 1975 no Amphitheater de Chicago ao lado de B. B. King, Bobby Bland e Little Milton, mas teve que ser internado outra vez num hospital daquela cidade por causa de novas complicações renais. Morreu no dia 10 de janeiro de 1976 depois de uma operação complicada.

Como resumo da sua discografia estão dispiníveis em CD as referências "Memphis Days, Vol. I e II" e "The Chess Box" (três CDs), que contêm uma amostra grandiosa deste bluesman genuíno, capaz de tocar guitarra como os dentes, tumbado no chão, enquanto nos contava como perdeu a sua namorada.

Fonte do texto Coleção Mestre do Blues, Revista n° 6 - Editora Altaya




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