O Hard Blues
O solo de Eric Clapton na música "Strange Brew" (Cream, 1968) é uma cópia nota-a-nota do solo de King na música "Pretty Woman".
Albert King com certeza é um dos divos do blues, na aba videos poderão curtir algumas raridades, no qual mostra todo o seu dom. Na seção de downloads eu coloquei um acervo que tem as principais canções, com certeza quem gosta do blues com muitos solos e riffs de guitarra não pode deixar de baixar.
No Histórico de Albert King, irão descobrir muitas curiosidades sobre ele, como por exemplo: Vocês sabiam que Albert King construiu sua própria guitarra? Leiam todo o histórico e irão ficar sabendo dissso e de mais outras curiosidades.
The Crow !!!
Costumava apresentar-se como irmão de B.B.King e parecia que adotava uma postura defensiava, mas o que atacava era o blues brando. Sentia-se bem tocando blues nu e cru e conseguia produzir um som elegante e sóbrio, porém cheio de tensão (hard Blues).
Ele era canhotoe, como outros guitarristas, esqueceu de mudar a ordem das cordas na hora de aprender a tocar o seu instrumento, uma GibsonFlying V à qual batizou dom o nome de "Lucy". Paasou para a história do blues sigilosamente, sem necessidade de chama a atenção.
É um rei sem coroa, extremamente apreciado pela minoria que ama o blues e injustamente esquecido pelas enciclópedias musicais, que raramente falam dele ou, como muito, dedicam-lhe poucas linhas, apesar de ter sido ele quem modernizasse o blues elétrico fusionando-o com o soul. O seu estilo relaxado e sóbrio, porém cheio de sentimento e emoção constituiu todo um exemplo para artistas como Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan ou Albert Collins.
Albert Nelson nasceu em Indianola (Mississípi) no dia 25 de abril de 1923. Seu pai era um predicador que abandonou sua numrosa família quando Albert tinha cinco anos. Em 1931 mudou-se para um plantação de algodão em Arkansas e foi lá onde começou a tocar blues com guitarras rudimentares construídas por ele mesmo, até que em 1939 conseguiu o seu próprio violão acústico, com o qual tratava de imitar o seu ídolo. T-Bone Walker. Após a jornada de trabalho Albert perambulava por clubes e roadhouses (moteis de beira de estrada com senhoritas de reputação duvidosa) ainda que a sua juventude constituísse um obstáculo para poder aproximar-se aos grande do blues.
O seu primeiro contato profissional com o blues foi na Yancey's Band tocando guitarra rítmica. Em 1948, morando em Osceola, onde formou o seu primeiro grupo "In The Groove Boys", mudou de nome passando a chamar-se Albert King e, como tantos outros músicos, emigrando para o Norte em busca de fama. Os seus primeiros passos em Chicago foram como baterista de Jimmy Reed e posteriormente, como músico de diversos artistas como Jackie Wilson, Brook Benton ou Earl Hooker, perambulando por diferentes estados.
Em dezembro de 1953 gravou em Chicago os seus primeiros cincos temas, lançando dois deles num single para o selo Parrot, "Bad Luck Blues" e "Be On Your Merry Way", obtendo uma repercursão nula. Desencantado, volou à Oseola, onde ressurgiu a sua antiga banda, alternando o trabalho durante o dia com os shows noturnos. No final dos anos cinquenta instalou-se em St. Louis e começou a gravar para o selo Bobbin uma série de temas que foram adquiridos mais tarde pela casa King para conformar o que seria o seu primeiro LP, "The Big Blues". Uma destas músicas "Don't Throw Your Love On Me So Strong", foi o seu primeiro sucesso das paradas de 1964. Depois de alguns anos de andanças sem maiores consequencias, a sua carreira tomou um caminho mais sólido quando foi contratado pelo selo Stax, de Mênfis, responsável pela ascensão de Otis Redding, Rufus Thomas, Booker T. & The M.G.'s e outros tantos. As suas primeiras gravações obtiveram um respaldo total de público e canções como "Laundromat Blues", "Crosscut Saw" e "Oh Pretty Woman", na qual esta acompanhado por toda a band de Booker T., os Bar-Kays e os Mar-Keys, escalavam nas paradas de sucesso, dando-lhe uma reputação que se sonsolidou no ano seguinte com o tema e o LP "Born Under A Bad Sign".
Em 1968, instalado em São Francisco, gravou ao vivo no prestigiado Fillmore o disco "Live Wire/Blues Power", considerado como um dos melhores trabalhos da sua carreira. Depois viriam "King Does The King's Things", um disco para os fãs do rock, no qual revisa nove temas do repertório de Elvis Presley; "Years Go By" (1969), no qual rtoma o blue acrescentando-lhe gotas de soul e funk; "Lovejoy" (1971); "I'll Play The Blues For You" (1972); e "I Wanna Get Funky" (1972), com a ajuda de Isaac Hayes para contentar um mercado que estava esquecendo o blues e começando a destrutar de novas tendências.
Quando o selo Stax se viu envolvido num julgamento por estafa, King fechou um contrato com a Utopia Records em 1976 e gravaou "Albert", um disco cheio de concessões comerciais e arranjos excessivamente elaborados,. No ano seguinte; lançou "King Albert", um LP de música de discoteca e em 1978 "New Orleans Heat", produzido por Allan Toussaint.
As suas apresentações ao vivo continuavam sendo exemplares, mas os seus discos tentavam satisfazer os gostos impenetrantes, impedindo-o de mostrar todo o seu poder. Nesta época, dois selos compraram os direitos das suas gravações para resolver os arquivos e publicar os seus melhores momentos que tivessem sido descartados: O selo britânico Charly comprou Tomato e o selo californiano Fantasy adquiriu a Stax. Entre todo o material inédito, foram encotrados momentos eletrizantes nos quais ele tocava acompanhado por John Lee Hooker ou John Mayall.
Após alguns anos de tranquilidade, King voltou com "San Francisco 83" e "I'm In A Phone Booth Baby" (1984), uma canção escrita para ele por Robert Cray.
Aposentando em Brooklyn (Illinois), as suas atividades se reduziram notavelmente e só era visto, de vez em quando, em algum festival ou em alguma colaboração esporádica, como a que aconteceu em 1990, quando participou junto a Albert Collins no álbum "Still Got The Blues" de Gary Moore, até o seu regresso discográfico em 1991 com "Red House", uma homenagem a Jimi Hendrix na qual participaram também Joe Walsh (ex Eagles), Bruce Gary (ex The Nack) e Jim Dickinson. Não sobrava tempo para muito mais, King estava experimentando sons diferentes e preparando um novo disco com material armazenado, quando no dia 21 de dezembro de 1992 morreu num hospital de Mênfis - Tennessee por causa de um infarte.
Esse texto foi retirado da coleção Mestre do Blues, revista n° 8 - Editora Altaya e wikipedia.
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