Ray Charles
Na seção de videos você poderão comprovar como Ray Charles é um artista muito estrovertido no palco e gosta de interagir com a plateia, tem videos de clássicos inesquéciveis e também um video em especial que me chamou muito a atenção que tem Ray Charles, Jerry Lee Lewis e mais um outro pianista, eu não me recordo de ter visto alguma outra vez três pianistas tocando juntos , o video é maravilhoso, assistam !!!
The crow !!!
HISTÓRICO
Ray Charles foi um grande fabricante de gravações para colecionistas. Fora os seus primeiro 'hits' nas paradas de sucesso americanas "Mess around" e "Losing hand", em 1953, que hoje em dia são uma jóia para qualquer discoteca, existe uma grande quantidade de volumes singulares que os especialistas detectam como exemplares irrenunciáveis e que não estão disponíveis nos catálogos de venda normal do mercado, a não ser por reedições de promoção muito especificas ou esporádicas.
Entre estes volumes praticamente impossíveis de encontrar estão gravações que ele realizou nos anos 50 com músicos relevantes das orquestras de Duke Ellington e de Count Basie e com arranjos intrumentais assinados por Quincy Jones, Ralph Burns, Al Cohn, Emie Wilkin e outros especialistas famosos.
Outra exposição cobiçada pelos colecionadores é a gravação de "Georgia on my mind" de Carmichael, realizada em 1960, que fez parte da trilha sonora do filme Norman Jewison "In the heat of the night". E, ainda assim, ninguém pode esquecer de "One mint julep" de 1961, com arranjo de Quincy Jones, seguida de "Hit the road, Jack" e os duetos memóraveis com Betty Carter interpretando "Baby it's cold outside" e "Takes two to tango", no mesmo ano de 1961, e os premiados "Busted" e "Crying time".
Sem falar de dois LPs históricos, gravados com o famoso vibrafonista Milt Jackson, entítulados "Soul Meeting" e "Soul Brothers"e, pricipalmente, a lendária coleção completa de temas musicais de "Porgy and Bess", gravados com Cleo Laine em 1976, que não está no mercado e constitui em orgulho para qualquer discoteca pública ou privada que possa ostentar o fato de possuí-la.
Todas estas são algumas das péorla de coleção que podem ser mencionadas entre a ampla discografia de Ray Charles. Porém, mai estranhas ainda e, consequentemente, mais dificeis de encotrar, são gravações -as primeiras do seu hitórico que realizou a partir da sua sede Seatlhe, no distante estado de Washington, sob o nome de MeSon Trio ou mais tarde, Maxim Trio, um grupo constituído em 1948 identico ao trio de Nat Kin Cole, que naquel época era idolo secreto do jovem Ray Charles.
Desde seus primeiros grandes sucessos mundiais em 1955, Ray Charles se manteve na cúpula da popularidade universal, como um dos mais gloriosos e mais rentáveis expoentes do "Show Business" amerciano. Artita muito versátil, ele expressou-se de forma brilhante no domínio do piano, do órgão, do saxofone, foi um excelente compositor, regente de orquestra, promotor e empresário musical e, principalmente e muito especialmente, foi um cantor com traços pessoais muito singulares. Todas as suas habilidades foram diversificadas em todos os gêneros possíveis, incluindo o jazz, contry music, pop, canções da Broadway, rock'n roll e, em geral, qualquer tipo de temas dos chamados padrão que aparecem no repertório genérico de cantores e orquestras.
Em todos os campos destaca a sua personalidade mas, curiosamente, é no terreno do blues onde sua maestria atinge o seu máximo esplendor apesar de que ele nunca tenha-se definido especialmente como 'bluesman'. É quando canta blues que a sua voz personalissima se manifesta com todos os seus recursos e as sua criações vocais são insuperáveis literalmente.
Nasceu como Ray Robinson (Charles é o seu segundo nome e Robinson é o sobrenome) na cidade de Albany, Georgia, no dia 23 de setembro de 1930, mas tinha só dois meses quando a familia mudou-se para Greenville, na Florida, onde ele viveu a sua infância e adolescência. Foi perdendo a vista gradualmente por causa de uma doença nos olhos, até ficar completamente cego aos 7 anos de idade, motivo pelo qual foi educado numa escola especial pra crianças deficientes. Lá aprendeu música e piano clássico. Em 1946/47 apresenta-se como pianista transumante por todo o estado da Flórida, em locais de todo tipo, recebendo em troca, praticamente, só as gorjetas.
Em 1948, dá um pulo em Seattle onde apresenta-se como pianista de um grupo chamado Maxim Trio (e outros) e desce pela costa até Los Angeles, onde é contratado para o espetáculo do 'bluesman' Lowell Fulson com quem realiza várias turnês e quem o aconselha a utilizar os seus dois nomes -Ray Charles- já que o seu sobrenome Robinson- Coincide com o do famoso lutador de box, o que dá margem a muitas brincadeiras. No final da década de 40, Ray Charles, e apresenta com gente do blues como Joe Turner ou T-Bone Walker e acompanha Ruth Brown em shows, porém só da o passo decisivo quando é contratado pelo empresário Ahmet Ertegun, criador do selo 'Atlantic' e o impulsor máximo do rhythm and blues como gênero de consumo massivo. Por volta de 1953 Ray Charles funda o seu primeiro grande conjunto estelar com Joe Bridgewater na trompeta e Jow Newman no saxofone. Com este grupo Ray Charles divulgou uma formula original, que consistia em cantar textos absolutamente profanos sobre temas e harmonias de estilo gospel e negro-spiritual. O seu conjunto foi ampliado até chegar a ser uma atêntica 'big band', além de incluir um coro femenino super atraente para a vista e ouvidos ao qual batizou como The Raelets.
As apresentações ao vivo foram sucessos arrasadores e os primeiros discos com aquela 'big band' conseguiram impactos sucessivos no ambito discográfico, que fizeram cambalear as paradas do sucesso.
Na primeira metade dos anos 50, Ray Charles e sua orquestra eram a atração mundial mais cotada para todo tipo de públicos, pois tinha o dom especial de interessar tanto a geração mais jovem que estava descobrindo o rock'n roll quanto a geração dos mais velhos que combatia aquela revolução juvenil. Ray possuía uma varinha de condão que seduzia puristas e inovadores e até os amantes da música de ópera sentiam-se subjugados por sua maneira de cantar e de impostar a voz que desbratava todos os cânones da música clássica.
Ele não só se converteu na mais cotada atração dos programas de televisão, mas também a sua presença se fez habitual no melhores palcos americanos, começando pelo Carnegie Hall e todo o mundo. A partir de 1961, passou para o selo ABC-Paramount (onde ficaria até 1968) e realizou turnês constantes de shows pela Europa, Oriente e América do Sul. Começou a fazer shows em grandes espaços, antecipando-se aos roqueiros que uns anos mais tarde teriam a mesma idéia e falou-se muito dos seus shows no Palácio do Esportes de Paris (1961) e numa extensa sucessão de recintos desta natureza por todo o mapa dos Estados Unidos, incluindo os grande festivais no Central Park de Nova Iorque (em 1968 e 1970).
Naquela época, Ray já havia criado sua própria companhia produta-editora, a Ray Charles Entreprises com suas subsidiárias Tangerine Records, Tangerine Music e Racer Music CO. Mais tarde, em 1973 criou uma outra companhia para produção e edição discográfica chamada 'Crossover'. 70. qualquer 'pop star' que tivesse acesso a algum grande espetáculo musical majoritariamente na televisão americana, propunha a Ray Charles que deixasse ser acompanhado por ele, como estrela convidada, na certeza de que ele era a chave infalível que atraia todos os públicos de todas as idades e condição.
Desta forma, entraram para a história como grande sucessos das apresentações de Ray Charles nos shows de Bob Hope (1969) do Glen Campbell Goodtime (1970) de Johnny Cash (1970) de Tom Jones e de Engelbert Humperdinck (ambos em 1970) em vários sucessivos de Carol Burnett e de Bill Cosby (1972 em diante) do Duke Ellington Special de 1973, no show de Barba Streisand do mesmo ano, nos grandes espetáculos do 'Cotton Club 75', de Cher (mesmo ano), o 'Dinah Show' de 1975 e 1977, os espetáculos de Johnny Carson em várias ocasiões.
A partir de 1960, Ray Charles literalmente amontoou prêmios, troféus, medalhas e homenagens vindos não somente de suas gravadoras ou da crítica, mas também de instituiçõe estatais.
A bibliografia sobre Ray Charles é também sumamente extensa e dentro desta destaca-se sua própria obra autobiográfica "Brother Ray - Ray Charles' own story", lançada em 1978 por David Ritz da Dial Press.
Chamado pelo apelativo "The Genius" desde jovem, como forma distintiva, convém não confundi-lo com o compositor e regente de corais do mesmo nome, Ray Charles, nascido em 1918 e fundador do conhecido conjunto vocal "The Ray Charles Singers".
Esse texto foi retirado da coleção Mestre do Blues, revista n° 9 - Editora Altaya
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