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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jonh Lee Hooker


John Lee Hooker 1

Olá galera do aferroefoggo, ta ai mais um icone do rithym-in-blues, na minha humilde opinião J.L.Hokker está entre os 5 melhores, jamais pode-se falar em blues sem falar nele.

É mais um que nasceu no Delta do Mississípi e que surgiu para o mundo na aba downloads poderão ver um mini filme e mais uns classicos ente eles "Bom Bom" que foi a primeira musica que eu ouvi e aprendi a gostar de J. L. Hooker, na aba downloads você irá encontrar dois dos melhores discos que ele lançou, se caso algum leitor do blog tiver mais material e quiser compartilhar entre em contato conosco.

Peço desculpas pela demora de mais um post mas prometo que nessa semana vou fazer o possível pra colocar pelo menos mais dois.

Espero que gostem e aproveitem !!!

The Crow !!!

HISTÓRICO

J.L Hooker

O Boogie
John Lee Hooker 3

John Lee Hooker é um dos grandes divos do blues tradicional que mais influênciou a legião de cantores brancos (a maioria Ingleses) que tentam assimilar a estética do blues vindo do rock. J.L.Hooker é uma figura clássica do blues sulista, oriundo do mesmíssimo Delta do Mississípi onde nasceu ( na localidade de Clarksdale) no dia 22 de agosto de 1917, tendo-se educado lá.

Aos 13 anos começou a fazer-se perceber cantando negros spirituals e continuou mantendo a sua fidelidade a este estilo durante longos anos. Sendo já adulto, escorregou na direção do blues porque este lhe permitia expressar melhor as suas vivências pessoais e a palpitalção social do seu entorno. Durante uns cinco anos esteve alternando spirituals e blues, até que se consagrou ao blues por inteiro. Segundo ele, a evolução foi rigorosamente lógica e natural, pois o estilo expressivo do blues é uma evolução direta dos cantos spirituals negros.

Durante a sua juventude, a música foi só um desabafo, já que não dava para viver; efetivamente, ele ganhou a vida trabalhando duramente na zona fabril de Mênfis, e mais tarde em Cincinnati, morando na casa de familiares, até que em 1947 mudou-se para Detroit. O seu primeiro objetivo era trabalhar na indústria automobilistica mas a sorte fez com que Detroit fosse a sua plataforma de lançamento como um famoso 'blues singer'.

Em Detroit, ele começou a gravar discos e 'Boogie Chillen' (de 1948) tornou-se o seu primeiro grande sucesso. O tema é um antecedente de "Hey, Boogie", de 1951, que aparece no mesmo disco. Durante toda a década dos anos 50, acreditou-se a fama de John Lee Hooker nos Estados Unidos e, segundo a maioria dos especialistas, ele realizou naquele periodo ( e nos primeiros anos da década de 60) as melhores gravações de toda a sua discografica. De fato, as gravações deste disco pertencem realmente a aquela etapa, realizadas todas elas em Detroit em 1951 só com Jhon Lee Hooker (na guitarra e voz); em abril de 1952 também só com ele; e em data ideterminada de 1954 acompanhado por Bob Thurman no piano e, no final de 1959 junto com Jimmy Miller na trompeta, Jhonny Hooks no sax-tenor e Bob Thurman no piano.

Embora no começo de sua carreira John Lee Hooker tenha utilizado a guitarra elétrica, na década de 60 adotou a guitarra acústica, sendo o percursor da moda "unplugged".

Neste disco manifesta-se o estilo pessoal deste grande mestre, a sua voz profunda e expressiva, apoiada num ritmo com força eletreizante. Nestes temas, John Lee Hooker usa a estrutura do verso livre, que é uma das suas caracteristicas, e um cujo exercício revela a sua facilidade para improvisar e a sua faceta de compositor direto e incisivo.

Em vários dos temas também não despreza uma prática antiga dos velhos 'bluesmen' sulistas que consiste em utilizar modismos, gírias ou palavras com duplo sentido usuais entre a comunidade negra, que os auditórios brancos não entendem completamente, o que, é natural, produzia grande regozijo entre os negros que o ouviam.


John Lee Hooker 2

Ele é "The Boogie Man", um dos simbolos emblemáticos da autenticidade do blues. A sua voz e sua maneira de tocar guitarra, utilizando também a solas dos seus sapatos como percussão, construíram um estilo inconfundível, obsessivo e, às vezes, dramático, mas inalterável com o passar dos anos. Além disso, urbanizou o blues rural com muita simplicidade e, ainda que não possuísse muitos recursos técnicos, a sua dolorosa intensidade e sua habilidade o transformaram num dos músicos mias influentes do século. Cada canção que escreveu está baseada em algo que aconteceu com ele ou com qualquer outra pessoa e temas como "Boogie Chillen", "Dimples", " Boom Boom", "Let's Make It", ou "Motor City is Burning" foram resgatados por uma série de músicos como Animals, Rolling Stones, Spencer Davis Group, Doors, J.Geils Band, MC 5, Dr. Feelgood, Fleshstones, Chesterfield Kings... e, principalmente George Thorogood, um dos seus mais fiéis incondicionais. Hooker "martelava" com profusão as cordas da sua guitarra, conseguindo um ritmo insistente e massante que acompanhava com um movimento dos pés quase incessante. A sua voz gostosíssima tem um tom estanho, que se deve talvez a um pequeno e peculiar defeito de vocalização com o qual ele aprofunda a interpretação, capaz de ser funda e grave nos temas mais melodramáticos e juvenilmente contagiante quando faz boogies. Por outro lado, Hooker sabe compor de forma muito original com estrofes regulares e sem rima, que une através de um compasso quase hipnótico, como demonstrou no impressionante LP "Birmingham Blues", embora muitos tenham descoberto este disco graças a um tema medíocre chamado "Boom Boom". Certa ocasião, chegou a afirmar que a sua forma de tocar as cordas da guitarra não era um invenção própria mas sim um ensinamento de que parente próximo, que igualmente o tinha introduzido no folclore, de onde extraiu numerosos "fraseados" para as suas futuras canções.

John Lee Hooker nasceu numa fazenda de Cohama County (Mississípi), muito perto da cidade de Clarksdale, no dia 22 de agosto de 1917, um doz onze filhos do casamento de William Hooker com Minnie Ramsey. Quando o seu pai morreu, em 1923, a sua mãe casou-se com Wiliam Moore, um vocalista e guitarrista

John Lee Hooker 4

de Louisiana que lhe ensinou algo diferente dos hinos que cantava na igreja. John Lee Hooker saiu de casa aos 14 anos e conheceu dois músicos que lhe trariam novas influências: Tommy Mc Clennan e Tony Hollins. Instalado em Mênfis, a sua pouca idade lhe tornava bastante difícil o acesso aos clubes e lugares da famosa Beale Street, mas ele conseguiu trabalhar com Robert Nighthawk, embora tenha-se desiludido muito e decidido empreender uma aventura em direção ao Norte. Após uma temporada em Concinnatti (Ohio), onde conseguiu algum trabalho e cantou em quartetos de gospel, casou-se e mudou-se para Detroit, a cidade mais importante do Norte junto com Chicago, e lá começou a ser visto nos clubes de Monte Carlo e Harley Inn. Descoberto pelo produtor Bernie Besman, foi levado por este último no final de 1948 a um estúdio para gravar "Boogie Chillen", uma música que, por seu som intenso e primitivo, cativou todo mundo e conseguiu vender um milhão de cópias.

A partir de então, tudo aconteceu vertiginosamente. Entre 1949 e 954, Hooker gravou mais de setenta singles em 21 selos diferentes e com mais de 10 pseudônimos: Texas Slim, Birmingham Sam, Johnny Williams, J. L. Booker, J. L. Cooker, Johnny Lee, John Lee.... Editou temas que destilam entusiasmo, que depois foram gravados por artistas de todo o mundo.

Ele conseguiu trabalhar durante uma temporada como locutor de rádio, e sofreu um envenenamento, quando possívelmente uma mulher ciumenta dos seus contínuos devaneios amorosos colocou veneno no seu uísque.

Consolidado como artista, foi contratado em 1955, pelo selo Vee Jay de Chicago, com uma banda formada por Jimmy Reed (Harmônica), Eddie Taylor (Guitarra), George Washington (baixo) e Tom Whitehead (Bateria) e continuou tendo sucesso com canções como "Mambo Chillen" (1955), "Dimples" (1956), ou "I'm so Excited".

Os anos sessenta significaram a consolidação do blues tanto nos Estados Unidos como na Europa, onde procurou inspiração em Hooker

daptando velhas músicas com ritmos trepidantes. Em 1960, ele apareceu no Segundo Festival Folk de Newport, onde foi gravado o disco "Concert At Newport". Em 1962 chegou ao velho continente como integrante do Amercian Blues Folk Festival, iniciando assim uma série de visitas que lhe permitiram comprovar que muitos grupos europeus tocavam as suas canções chegando a gravar, em 1965, um disco com os Groundhogs de Tony Mc Phee. São desses anos canções que ganharam a fama de "obras-primas", cheias de reminiscências africanas e de paixão amorosa, como "Don't Turn Me For Your Door", "When My First Wife Quiet Me", etc. Em 1966 instalou-se no selo ABC, onde gravou discos como "Live At The Cafe Au Go-Go", "Urban Blues" (1968), votado como o melhor álbum de blues do ano pela revista Jazz & Pop, e "Simply The Truth"(1969). No final da década decidiu mudar-se para a Califórnia, onde gravou um disco ao lado de Canned Heat, "Hooker'N'Heat"(1970).

John Lee Hooker 5

Durante os anos setenta, oitenta e noventa, a sua vida transcorreu tocando em festivais de jazz como Antibes, Nice Jean-Les-Pins, Barcelona, etc., lançando alguns discos com "Endless Boogie"(71); "Never Get Out Of These Blues Alive"(72); "Detroit Special" e Don't Turn Me From Our Door"(74), "The Cream" (78) e fazendo cameos ou aparecendo em trilhas sonoras de filmes como Granujas a todo Ritmo, A Cor Púrpura, ou The Iron Man. Em suas gravações mais recentes aparece rodeado de músicos prestigiados: em "The Healer"(1989), pelo qual recebeu um prêmio Grammy, colaboram Bonnie Rait, Canned Heat, Los Lobos, George Thoroggod ou Carlos Santana: em "Mr. Lucky"(1992) o ajudam Keith Richards, de novo Santana, Vam Morrison ou Robert Cray, até 1995 em que publica "Chill Out" e no qual se apresentam junto ao maestro, Carlos Santana, Booker T. Jones, Van Morrison Roy Rogers.

Hooker foi considerado um "shouter", mas é também um narrador pausado e tranquilo, no qual a chama dos sentimentos nãos se apaga pela doçura ou pelo amor mais infantil.

Fontes do texto Coleção Mestre do Blues, Revista n° 3 - Editora Altaya










John Lee Hooker

John Lee Hooker 6

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